PATENTE JACÚ DIGITAL

Biorreator para fermentação de café tem sua patente depositada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI)

O Polo EMBRAPII Agroindústria do Café do IFSULDEMINAS), no dia 22 de outubro do corrente ano, fez o depósito de patenteX no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), do Biorreator para Fermentação de Café, a mais recente invenção dentre os projetos de inovação tecnológica desenvolvidos em parceria com o Polo. O biorreator Jacú Digital é um equipamento para fermentação de café natural e cereja descascado, processo que ocorre por meio de controladores e sensores 100% automatizados.

O Jacú Digital é uma inovação criada a partir da parceria entre o Polo Agroindústria do Café, IFSULDEMINAS e a empresa CAMPOTECH, que atua com o desenvolvimento de produtos e soluções para o agronegócio. A empresa pertence ao grupo HIGH-Z VALE INDÚSTRIA ELETRÔNICA LTDA, com sede na cidade de Santa Rita do Sapucaí/MG.

O coordenador do projeto é o Diretor Geral do Polo Embrapii, professor Leandro Paiva, juntamente com a pesquisadora Dalilla Carvalho Rezende, estes contaram com a colaboração dos discentes pesquisadores,na execução do projeto.

O professor Wellington Marota, coordenador de Propriedade Intelectual do Polo, foi o responsável pelo acompanhamento e elaboração do pedido de patente ao INPI, com o apoio da Coordenadora Geral do NIT - IFSULDEMINAS Adélia Maria Spacek Dantas de Oliveira.

Todo o projeto foi pensado visando o processo de fermentação do café. Essa prática deixou de ser somente para retirada da mucilagem do café, que poderia ser um complicador para a secagem, passando a ser uma solução de diversificação de café e seus sabores. Com parâmetros otimizados e culturas de leveduras adequadas para a fermentação, esses processos podem conferir atributos desejáveis à bebida. Conduzindo a uma maior diversificação de sabor e aroma do café.

A solução foi um equipamento eficiente que consegue dar condições de temperatura, movimentação de grãos e/ou aplicação das leveduras.O Jacú digital é único do mercado, totalmente automatizado, por meio de sensores digitais que monitoram todo o processo de fermentação, levando em consideração diversos fatores, como o controle da temperatura, pressão, fluxo e pH. Todo o monitoramento pode ser feito remotamente por meio de um aplicativo.

Além de contar com um sistema inteligente, que informa todas as etapas, até a finalização de todo o processo, o sistema tem a opção de salvar informações de processos anteriores, para ser utilizado novamente em novos lotes maiores, mantendo a mesma qualidade, o que não era possível anteriormente em outros processos de fermentação.

Todo esse processo viabiliza ao produtor uma competitividade no mercado de cafés exóticos, elevando o acréscimo de 3 e 5 pontos, de acordo com a fermentação, na sua classificação e pontuação final.

O Jacú digital teve seu lançamento na Semana Internacional do Café de 2021, com excelente aceitação pelos participantes.(clique aqui para assistir a matéria na íntegra) De acordo com o professor Leandro Paiva, “o retorno em relação ao equipamento e todo o processo está sendo muito positivo,” ele ainda acrescenta que “a expectativa agora é que o equipamento esteja disponível e em funcionamento em algumas fazendas, pois, como todo o sistema é baseado em uma inteligência artificial, o armazenamento de dados e informação, acaba gerando as melhores fermentações ao produtor”.

Segundo o Chefe Executivo da CAMPOTECH, Rodrigo Mira, “o fermentador Jacú Digital, vai facilitar a vida do produtor” ressaltando a autonomia de todo o processo que a tecnologia entrega.